Partilho informação em tom de poesia
Em demasia, com maestria, nessa monotonia
Um café pra acorda, o pão de ontem meio dia
Levanto, deixo a louça da pia
Lavo o rosto, deixo rola o disco
Toca um som do Vinícius, e lembro
"O amor só é bom se doer"
Troco a agulha de lado, deixando o resto em passado
Preocupado é que os cachorro ainda tem que comer
Roendo osso, faço um esboço no calendário
Saio atrasado, tenho um horário a c*mprir
Banzo lotado, indigesto, protesto, tumulto
É cansativo a vida de adulto
Esgotado do trampo, bato o ponto e vou embora
Sem ter noção nenhuma do que me espera lá fora...
Finjo ser coeso, os pulso preso e a mente liberta
Em lembranças vagas o peito aperta
Libido desperta, ela ta aqui no ato pra suprimir
Nem sei por quanto tempo, e se o tempo permitir
Me da inspiração...
Crio poesia nas batidas do coração / dela...
Respiração ofegante, corpo quente
E aquela fita fica na mente
É meu delírio cada dose de endorfina
Sinto a presença, isso já contamina (Daí já foi)
Casa vazia, silêncio...
Só o barulho do vento na minha janela
Um caderno, um suco velho, efêrmero
A única coisa que vejo é meu reflexo na tela / da TV
Destilando parte de mim no papel
Olho pro céu do décimo primeiro...