[Verso 1]
Ela voa para Torino e esquece tudo aquilo que fomos
Decoro aquele caminho como decorei o trono
Onde tu caías quando morrias de sono...
E eu não percebo como
O tempo não te afoga, a neve não te toca
E o carro não pega ao lado do Lago Como
O que é nosso é feito de ouro
Estamos sós como lobos na cidade do Toro
Uma vida só é pouco e eu levo-a onde eu cresci
E onde é fácil aprender
Que um homem não é a pele que o cobre
Nem a carne que o reveste
Mas o medo que ele tem ou terá de morrer
[Refrão]
Quando o mar chegar e eu não souber nadar, acredita mãe
Eu salto!
Quando o céu cair, quando todo o chão ruir
Tu tem calma mãe, eu salto!
Quando ela não descer, quando tudo não crescer, olha para mim
Eu salto!
Quando o fim vier, eu salto... quando o fim vier, eu salto!
[Verso 2]
E o que é para ti a fala? o que é para ti o medo?
O que é para ti a casa sem ela na sala? o que é para ti o tempo?
O que é para ti o frio? a vida na cidade tem-te mostrado o vazio
Cada vez que ela vai, arrepio
E tu preso à realidade por um fio
As veias da mãos, eu sei-as e são cheias em vão
Será que o mundo se vai embora e os barcos se afogam
Quando as alcateias vão?
As coisas são tuas, as minhas são tuas, vivemos às escuras
Planícies em Tulsa onde rasgavas o céu com as unhas..
Montanhas da culpa, aprender a ternura com coisas mais puras
Imóveis esculturas, o peito que educas caindo de alturas
Ser aquilo que usas, os traços de Goya com os quais te torturas
E que caia Tróia, os mares e os rios e as ruas...
[Refrão]
Quando o mar chegar e eu não souber nadar
Acredita mãe, eu salto!
Quando o céu cair, quando todo o chão ruir
Tu tem calma mãe, eu salto!
Quando ela não descer, quando tudo não crescer
Olha para mim, eu salto!
Quando o fim vier, eu salto... quando o fim vier, eu salto!
Quando o mar chegar e eu não souber nadar, acredita mãe
Eu salto!
Quando o céu cair, quando todo o chão ruir
Tu tem calma mãe, eu salto!
Quando ela não descer, quando tudo não crescer, olha para mim
Eu salto!
Quando o fim vier, eu salto... Quando o fim vier, eu salto!