[Verso 1 - Berna]
Pura psicologia da personalidade humana
A diferença entre nós é revelada no drama
Imagina o nosso último dia
Amanhã só um de nós existia
E a Terra
Voltaria à estaca zero qual o Adão do nascer dum novo Império
Um chavalo sozinho, sem pais
Não o poria longe das pessoas que precisa mais
E mais talvez um cota
Mas para quê dar uma chance quando o fim já está à porta
Um magnata sem nota
Um ressaca sem droga
Na simplicidade nada falta, nem sobra
E o lixeiro apanha o quê?
Se quando chega ao contentor, o nosso desperdício não vê
Seria inútil como um bófia
Sem ninguém à volta a quem iria dar coça!
[Refrão x2 - Berna]
Tiram-te tudo e não és ninguém
Pois quase ninguém vive depressa e bem
Bem isso há muito pouco quem
Só és tu quando ficas sem nada
[Verso 2 - Berna]
Nada
Como um psiquiatra sem esquizofrénicos
Um hospital sem médicos
Uma cunha sem o falso mérito
Ter um cartão de plástico sem crédito
Parece-te hipotético
Porém até o preconceito mais patético é genético
Em causa está o ciclo ridículo
Ao contorná-lo desvendo o mito neste capítulo
É ponto assente, estamos ligados como átomos
Queremos paz
Mas o silêncio farta-nos
E ao desprezar a vida
Ela mata-nos!
[Refrão x4 - Berna]
Tiram-te tudo e não és ninguém
Pois quase ninguém vive depressa e bem
Bem isso há muito pouco quem
Só és tu quando ficas sem nada