[Né]
Sou, dinheiro vivo
Vou te comer a cabeça
Vou te levar a desgraça
Não há ninguém que me impeça
Vou andar de mão em mão
Sou sempre boa razão
Muitos por mim matarão
Sou motivo de traição
Arsenal de destruição
Maciça sou cobiça
Compro joias, drogas, armas
E agentes da justiça
Compro sexo violento
Crianças, animais
Políticos, empresários
Ate suborno ideais
Tomo banhos de sangue
Ando em bolsos ando em seios
E faço grandes voos
No meio de tiroteios
Sou transformados em números
Viro virtualizado
Desapareço e apareço
Dividido e multiplicado
[P1]
Sou a humildade
Para quem me aguenta
Entre a realidade e o sonho
Vou dos 8 aos 80
Criador de injustiças
Pago a justiça então
Crio doenças para a cura
Viro a causa e a solução
Sou orgulho sem motivo
O fetiche dos judeus
Vou mantendo o mundo vivo
E financiando o vosso deus
Troco vidas por estratos
Sou material sem afetos
Pago cursos indiscretos
A presidentes seletos
E esperto é quem me guarda
Como o seu maior segredo
Então se roubar é crime
Eu crio as leis eu crio o medo
Sou o tempo sou o pão
Que fazem os homens mais duros
Fruto da rica criação
Que o pobre paga em juros
Refrão:
Fiz um pacto com o diabo
E tu serás o meu escravo
Fiz um pacto com o diabo
Eu pago quase tudo
E quase tudo tá comprado
[Né]
Sem causa nem piedade
Eu existo para que sofras
Tenho varias caras
Eu viverei mesmo que morras
Provoco guerras
Entre povos e nações
Todas as religiões
Me dão as felicitações
Também dou felicidade
Se me souberem controlar
Mas viro móbil do crime
Consigo sempre escapar
Podem me prender em cofres
Saiu sempre sem cadastro
Condenado a subornar
O juiz mais honesto
Sem família nem amigos
Faço filmes de terror
Nunca tive um coração
Desconheço a palavra amor
Odeio todos, todos me amam
Sou a tua maior paixão
Se há um sitio que não me encontras
É ao teu lado no caixão
[P1]
Sou fruto adulto
De um consumidor bruto
Faço homens e mulheres
Venderem o próprio corpo
O amor transformo em lixo
Das caixas de chocolate
E no fundo eu não resisto
Ao saber que me compraste
Já tive imitadores
De copias e impressões
Sou o posto ou estatuto
Desde rua a prisões
Crio a febre da vertigem
Causador das mil quedas
No mercado paralelo
E não ligo a moedas
Sustento o vicio da riqueza
Alimento caos e pobreza
Pago a ordem da desordem
Sou a plástica da beleza
Mas nem tudo é mau
E as vezes jogam na sorte
E ate junto umas famílias
Pelas horas da morte
Refrão:
Fiz um pacto com o diabo
E tu serás meu escravo
Fiz um pacto com o diabo
Eu pago quase tudo
E quase tudo tá comprado
(Bis4x)
Fiz um pacto com o diabo