C A P U C H O S X X I lyrics

by

Harold


[Verso 1]
Eu quero que a doença saia toda de ti
Das veias, do peito, das pernas.
E que te esvazie como deixaste aqui - as salas, as camas, as mesas.
Porque as radiografias têm negro, e elas na cozinha têm medo.
E eu não ouço o que elas dizem em segredo
Mas eu sei que o adivinho com os dedos...
Cada vez que eles te tocam por dentro dos cabelos
E eu não quero sabê-lo, e eu não quero dizê-lo.
É o tempo que te corta os membros:
O que de ti resta é só dele.
O devaneio dos animais
Somos uns. avó e tu confessa: rezas a que deus?
Pois há lugares que adoecem como tu...
Tanto o quarto, como o céu, como eu.

Tantos panos a cair, onde é que te escondes?
Nas batidas do sentir… morres quando foges.

[Verso 2]
Enquanto tu dormias eu caí outra vez.
O corpo habitua-se sempre à falta.
Era quando percorrias os meus dedos
Hoje dou-me todo à ressaca.
E é saber todos os teus lábios de cor...
Incendiamos as coroas destes reis à sua frente.
E que as deusas chorem sobre nós
Ao lutarmos contra a carne que nos obriga a morrer.
E as coisas que na vida aprendemos
Levam o pouco de humano que nós temos.
E cresce a importância dos gestos - do sexo e do beijo e do resto.
E à medida que o tempo acontece
Eu entendo o teu cansaço e segredo.
Cristalina em demasia para o chão.
Delicada em excesso para o tempo.

Tantos panos a cair, onde é que te escondes?
Nas batidas do sentir… morres quando foges.

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